Como podemos ajudar você?
Publicado em 11/07/2020

Nenhuma mulher está sozinha!

Desde o início do isolamento social, só no Estado de São Paulo, houve um aumento de 30% quando se trata de violência doméstica, segundo o Núcleo de Gênero e o Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo. É importante lembrar que, segundo pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 76% das vítimas deste tipo de violência já conhecem seu agressor, que pode ser o marido ou vizinho, por exemplo. A questão é que o que geralmente é seguro para alguns, pode custar a vida de muitas mulheres, já que, de acordo com essa mesma pesquisa, mesmo antes do isolamento, cerca de 530 mulheres eram agredidas por hora no Brasil.

Tipos de violência

É importante também identificar quais são os tipos de violência domésticas que existem. De acordo com o Instituto Maria da Penha, são previstos cinco tipos: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A violência física é entendida como atos que ofendam a integridade ou saúde corporal da vítima; a psicológica inclui ameaças, humilhação, manipulação e qualquer conduta que causa danos emocionais ou que vise controlar o comportamento da mulher; a agressão sexual inclui, além de estupro, impedir que a vítima use de métodos contraceptivos, obrigar a abortar, entre outras atitudes por meio de ameaça, manipulação ou uso da força física; o que configura a violência patrimonial é controle de dinheiro, privação de recursos, entre outras condutas; e a moral, que inclui calúnia, difamação, exposição e acusações mentirosas.

Mulheres afetadas pela Covid-19

Além dos riscos que muitas mulheres correm dentro de casa, no final de março, a ONU Mulheres publicou um relatório intitulado como Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19, que diz que elas são as mais afetadas pela pandemia. Dentre muitos motivos citados, além do aumento da violência doméstica, está o fato de que 70% dos trabalhadores de saúde no mundo são mulheres e estão em maior quantidade em diversos setores de empregos informais, como trabalhos domésticos e cuidadores de idosos. Ainda assim, não são maioria quando se trata do poder de decisão frente à Covid-19, por serem apenas 25% dos parlamentares em todo o mundo e menos de 10% dos chefes de Estado ou de Governo.

Onde encontrar ajuda

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social trabalha, todos os dias, para garantir a segurança dessas mulheres que estão enfrentando este tipo de situação. Entre as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado com este objetivo, podemos contar com o aplicativo SOS Mulher, ferramenta desenvolvida pela Polícia Militar, que permite que as vítimas peçam ajuda apertando apenas um botão. Além da Casa da Mulher Brasileira, espaço destinado ao atendimento dessas vítimas. O local serve de alojamento de acolhimento provisório, conta com a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher e uma equipe de psicólogos e assistentes sociais. Essas mulheres também podem procurar os 302  Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), em todo o Estado de São Paulo, que acolhe famílias e pessoas que estão em situação de risco.

Mulheres à frente do desenvolvimento social

Esta Secretaria conta com diversas mulheres à frente do desenvolvimento social do Estado, procuramos valorizar e exaltar o trabalho de todas que se esforçam pensando no melhor para a população e neste período, não podemos deixar de citar as que estão expostas ao vírus para poder combatê-lo. Não se pode esquecer que o combate à esta doença se deu início no momento em que um grupo liderado por mulheres, dentre elas, duas brasileiras, sequenciou o genoma da Covid-19.

 

Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo

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