Consciência Negra: Programas sociais abrem portas para a representatividade, capacitação e inclusão às minorias
A celebração do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, traz consigo uma reflexão sobre a importância da organização e luta da população negra por justiça, igualdade, liberdade e, sobretudo, o fim do racismo. A data criada para homenagear Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares (assassinado neste mesmo dia no ano de 1695 pelas tropas coloniais luso-brasileiras) tornou-se referência em todo país ao ressaltar as questões sociais e raciais.
Mais do que nunca, o movimento constante entre negros e negras no Brasil deve ser evidenciado, tendo em vista os dados assustadores que ainda assombram a população. De acordo com o Atlas de Violência 2021, 77% das vítimas de homicídio no Brasil são negras. Em 2019, as mulheres negras representavam 66% do total de mulheres mortas no país.
Ao falarmos sobre acesso à educação, também é notável a desigualdade. Segundo pesquisa anual do IBGE, os negros representam 71,7% dos jovens que abandonam a escola no Brasil e, quase três vezes mais da taxa de analfabetismo.
Vivemos em uma sociedade onde a presença do racismo estrutural ainda ataca e desmerece a representatividade de um povo, para que a consciência seja imperceptível. Consciência significa o sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior. É sobre visibilizar a luta de uma população que resiste há mais de 400 anos de exploração, perseguição e opressão no país.
A fim de fortalecer a consciência racial e desbancar a desigualdade entre as minorias, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo dispõe de programas e ações de proteção social que visam beneficiar a população paulista mais vulnerável.
O programa Prospera Jovem, por exemplo, oferece oportunidades para os jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio da construção de elaboração de projeto de vida, tutoria, capacitação e transferência de renda para poupança. Entre os participantes do programa, 54% se autodeclararam negros.
O intuito é também viabilizar a capacitação em afroempreendedorismo, promover a representatividade com tutores e orientadores negros, e ampliar o conhecimento em saberes afro-brasileiros e africanos.
O programa Prospera Mulher, lançado em março, visa a inclusão produtiva, estímulo à geração de renda e empreendedorismo para mulheres chefes de famílias monoparentais, com filhos de 0 a 6 anos, e em situação de extrema pobreza. Dentre o público elegível, 62% das mulheres se autodeclaram negras.
A importância sobre a causa é histórica e deve se manter em pauta constantemente. É por meio de debates e ações que, juntos, como sociedade, podemos impedir atitudes racistas e dar visibilidade, proteção e condições igualitárias à população negra.
Infográfico: Desigualdade racial
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