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Publicado em 01/12/2021

Dia Internacional de Luta contra a AIDS – os avanços e perspectivas para o enfrentamento da doença

No dia 1º de dezembro celebra-se o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS com o objetivo de reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS. A data foi instituída a partir de uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. No Brasil, a iniciativa passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.

 

A AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV. Geralmente, é transmitida por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, mas também pode ser transmitida por meio de transfusões de sangue e compartilhamento de objetos pontiagudos. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ser HIV positivo não é o mesmo que ter AIDS. A AIDS é o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico está muito fraco.

 

A AIDS em si é uma doença que não mata. Por ter um grande impacto no sistema imunológico, os pacientes estão sujeitos a doenças oportunistas, como a pneumonia, que aparecem no corpo nesse momento de fraqueza. Portanto, não se morre de AIDS, morre-se das complicações geradas pelas doenças oportunistas.

 

Indetectável = intransmissível

Em 2019, a OMS e o Ministério da Saúde confirmaram o conceito de indetectável = intransmissível (I = I). Isso significa que pessoas com HIV, que tenham carga viral indetectável por mais de 6 meses, não transmitem o vírus por meio da atividade sexual.

 

Essa descoberta é uma grande mudança no conceito de transmissão de doenças, pois além de fortalecer o diagnóstico e o tratamento não apenas como medidas de cuidado pessoal, mas também como parte das medidas de controle de doenças, também pode reduzir o estigma das pessoas que vivem com HIV.

 

É importante notar que o conceito de I = I é válido apenas para a transmissão sexual. Mesmo que a carga viral continue indetectável, considera-se que existe a possibilidade de transmissão vertical – principalmente pela amamentação – ou por acidentes biológicos. Portanto, filhos de mães infectadas pelo HIV devem ser monitorados adequadamente, a amamentação deve ser proibida e os acidentes com perfurocortantes devem ser avaliados com base nas necessidades de prevenção pós-exposição (PEP).

 

Profilaxia pré-exposição (PrEP)

A profilaxia pré-exposição é uma ferramenta eficaz para prevenir novas infecções por HIV. Inclui o uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes de exposições consideradas de risco.

 

A eficácia da PrEP foi confirmada em uma série de ensaios clínicos e revisões sistemáticas. Entre as pessoas que aderem fortemente ao regime de uso diário, a incidência de infecção por HIV é reduzida em até 95%. A chamada PrEP sob demanda, ou seja, o uso de medicamentos antes e após a exposição, também apresenta alta eficácia, reduzindo o risco de infecção em 86%.

 

O Ministério da Saúde fornece PrEP para grupos prioritários por meio do Sistema Único de Saúde (SUS): homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, profissionais do sexo e pessoas negativas com parceiros infectados pelo HIV (casais com sorotipos diferentes).

 

PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco)

O PEP é uma medida preventiva emergencial que pode ser utilizada em situações de risco de infecção pelo HIV. Além do HIV, ao procurar o atendimento, o usuário tem acesso a medidas preventivas específicas para o vírus da hepatite B e outras doenças sexualmente transmissíveis (IST). O tratamento inclui o uso de medicamentos ou imunobiologia para reduzir o risco de adquirir essas infecções. O PEP deve ser usado em qualquer situação onde haja risco de infecção, como:

 

  • Violência sexual;
  • Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento);
  • Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

 

O PEP é uma tecnologia inserida em uma estratégia de prevenção combinada, cujo principal objetivo é ampliar a forma de intervenção para atender às necessidades de todos e até mesmo a possibilidade de inserir métodos de prevenção em suas vidas. Essas medidas visam prevenir novas infecções de HIV ou hepatite B e outras infecções sexualmente transmissíveis.

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