Estado celebra Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo

É crucial que haja atenção, já que muitas vezes, o dependente nega a dependência. Para isso, o dia 18 de fevereiro, Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, foi instituído para conscientizar os brasileiros sobre o consumo excessivo e as consequências que o abuso do álcool pode causar. 

Em estudos realizados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2021, o consumo de álcool foi 100% responsável por cerca de 85 mil mortes anuais durante o período de 2013 a 2015 nas Américas, onde o consumo per capita é 25% superior à média global.

Cerca de 80% das mortes em que o álcool foi um “fator importante” ocorreram em três dos países mais populosos: Estados Unidos (36,9%), Brasil (24,8%) e México (18,4%).

Além de o alcoolismo ter implicações fisiológicas, também leva a agravantes sociais, como acidentes de trânsito e violência doméstica. Em um estudo publicado pela Faculdade de Medicina da USP, foi constatado que 55% das mortes violentas ocorridas na capital paulista nos anos de 2014 e 2015, tiveram relação com o abuso da substância psicoativa.

Vale destacar que por ser uma droga lícita, ou seja, que tem sua produção e uso permitidos por lei, o álcool muitas vezes não é considerado uma substância psicoativa, o que o torna aceito socialmente e de fácil acesso, mas como é possível tratá-lo?

A procura por um tratamento psiquiátrico e psicoterapia são opções, além de ter a presença de uma rede de apoio, seja ela composta por familiares, amigos, ou grupos de apoio.

Programa Recomeço

Pensando nisso, o Programa Recomeço – uma vida sem drogas é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo que promove ações preventivas quanto ao uso de substâncias psicoativas, o controle e requalificação de territórios degradados em virtude de cenas de uso, acesso à Justiça e à Cidadania, mas também oferece tratamento de saúde ambulatorial e internações, e os serviços de acolhimento social nas modalidades Comunidade Terapêutica, Repúblicas, Moradia Monitorada e Casa de Passagem, tendo em vista a reintegração social de pessoas com problemas relacionados ao uso de drogas para (re)iniciar novos projetos de vida.

O objetivo é tratar, capacitar, dar autonomia e reinserir na sociedade e no mercado de trabalho os beneficiários, por meio da inclusão produtiva e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

Podem contar com o Programa todas as pessoas expostas ao risco, uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas no Estado, incluindo seus familiares e comunidade.