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Publicado em 21/09/2021

Inclusão produtiva e digital do idoso no Estado de São Paulo

Inclusão produtiva e digital do idoso no Estado de São Paulo

Nas últimas décadas, a população brasileira vem envelhecendo gradativamente. Este é um processo natural que leva em consideração a melhoria da qualidade de vida, a queda da natalidade e o aumento da população idosa. Por exemplo, em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou 32,9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais residentes no país. Isso aumentou 29,5% em menos de dez anos. Estima-se que até 2060 esse número chegue a 58,2 milhões de pessoas.

Esses dados chamam a atenção para muitas questões que envolvem as oportunidades para idosos. Segundo dados da Pesquisa Nacional Contínua por Amostra de Domicílios (PNAD), da COVID-19, a taxa de desemprego aumentou fortemente desde o início da pandemia. A situação das pessoas com 60 anos ou mais no mercado de trabalho já era muito difícil antes da pandemia. Além disso, outras razões para a exclusão dessas pessoas refletem os problemas estruturais conhecidos no Brasil, como a falta de qualificação profissional e o viés de idade no setor privado.

Esta exclusão do mercado de trabalho também cria dificuldades no acesso aos cuidados de saúde. Estatisticamente falando, a terceira idade é a que mais necessita de cuidados médicos. No entanto, sem oportunidades de trabalho, os planos de saúde privados muitas vezes são inacessíveis. No que diz respeito ao Brasil, existe o Sistema Único de Saúde (SUS), mas não podemos esquecer a vastidão do território nacional e a impossibilidade de comparar a estrutura das diferentes localidades. Portanto, existe uma situação de exclusão dos direitos básicos dos cidadãos, especialmente no que diz respeito ao trabalho digno e à saúde.

É por isso que é importante trabalhar duro para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Dessa forma, é possível trabalhar por uma sociedade que tem como foco a redução das desigualdades sociais no cotidiano, principalmente as relacionadas à população idosa. Mas como incluir essas pessoas? No contexto de uma pandemia, a desigualdade social tornou-se cada vez mais evidente. Portanto, separamos alguns tópicos e dicas que podem ajudar pessoas com mais de 60 anos a se manterem ativas.

 

Inclusão digital

Em um país marcado pela desigualdade social, muitas pessoas não conseguem aprender a usar computadores, smartphones e outras tecnologias. No entanto, é importante facilitar esse processo por diversos motivos, entre eles: maior independência, durabilidade do mercado de trabalho e prevenção de fraudes. No entanto, é preciso desconstruir a noção de que “o idoso não consegue aprender ou se adaptar a coisas novas”. Esse conceito apenas reduz a autoestima e dificulta o aprendizado.

 

Diferenciais no mercado de trabalho

A velhice sempre esteve relacionada à aposentadoria. No entanto, a taxa de trabalhos informais no Brasil atingiu 39,5% no final de 2020 (IBGE). Muitas dessas pessoas não terão direito à aposentadoria. Normalmente, mesmo quem consegue se aposentar ainda precisa complementar sua renda.

Portanto, permanecer no mercado de trabalho é a escolha ideal para garantir uma melhor qualidade de vida aos idosos. Na verdade, a contratação de idosos pode trazer benefícios para a empresa. De um modo geral, são profissionais mais responsáveis, pois possuem experiência profissional e de vida acumulada, o que pode até lhes dar uma visão diferenciada da atividade da empresa. São também pessoas que podem ajudar os mais jovens a ingressar na empresa e que possuem interesse em aprender mais sobre o desenvolvimento e o progresso dos jovens.

 

Cuidados de saúde preventivos para todos os idosos 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o termo “envelhecimento ativo” para promover ações que ajudem a proporcionar saúde e segurança à população idosa para garantir que os indivíduos permaneçam ativos na sociedade. No Brasil, segundo o Estudo Brasileiro Longitudinal de Saúde do Idoso (ELSI-Brasil), 75,3% dos idosos contam com o Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, entende-se que as políticas públicas formuladas pelo Estado são responsáveis por fortalecer o sistema de ações preventivas no campo da saúde do idoso.

 

Ações de inclusão produtiva e digital para os idosos no Estado de São Paulo

 

Projeto Longevidade

O projeto Longevidade insere a população acima de 50 anos no mundo digital. O programa prevê ações preparatórias e preventivas para garantir a longevidade ativa e produtiva economicamente do idoso.

O projeto Longevidade foi baseado em cinco principais pilares:

– Mobilidade Social – com ações que asseguram a dignidade dos idosos por meio dos direitos e necessidades socioassistenciais, financeiras e físicas;

– Inclusão Produtiva – com ações que permitam o engajamento dos idosos nas atividades de desenvolvimento econômico (trabalhos formal, informal e voluntário);

– Educação Continuada – com ações que proporcionam oportunidades de aprendizagens diversas durante todo o curso da vida;

– Tecnologia – com ações que asseguram a inclusão digital dos idosos;

– Saúde & Bem Estar – com ações que previnam e reduzam os fatores de risco das doenças crônicas e da mortalidade prematura.

 

Programa SP Amigo do Idoso

Lançado em 2012, o programa SP Amigo do Idoso tem o objetivo de executar ações efetivas e integradas, fortalecendo o papel social do idoso e contribuindo para uma postura mais ativa e saudável diante do envelhecimento.

O SP Amigo do Idoso propõe ações intersecretariais voltadas à proteção, educação, saúde e a participação da população idosa do Estado. A iniciativa conta com o envolvimento de 11 Secretarias de Estado e o Fundo Social de São Paulo (FUSSP), sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Social.

Os Centros de Convivência do Idoso (CCI) integram o programa SP Amigo do Idoso e são espaços de socialização para evitar o isolamento da pessoa da Terceira Idade. Os frequentadores dos CCIs têm a possibilidade de despertar para novas habilidades por meio de atividades socioeducativas, culturais e de lazer, garantindo aos usuários a segurança de acolhida, o desenvolvimento da autonomia individual e a viabilidade de convívio familiar e comunitário.

 

Relação dos novos Centros de Convivência do Idoso

CCI Mirassolândia, CCI Nova Campina, CCI Oscar Bressane, CCI Palmeira D’Oeste, CCI Santa Clara D’Oeste, CCI Santa Cruz do Rio Pardo, CCI São João do Pau D’Alho, CCI São José do Barreiro, CCI Turmalina, CCI Torrinha e CCI Areiopolis.

 

Relação dos selos SP Amigo do Idoso entregues às 27 cidades

Aguaí, Cajamar, Capão Bonito, Catiguá, Diadema, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guarulhos, Irapuru, Itariri, Marília, Mauá, Mogi Mirim, Mongaguá, Nipoã, Ourinhos, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santa Cruz das Palmeiras, Santo André, Santo Antônio do Jardim, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e São João da Boa Vista.

 

Programa VidAtiva

O Programa VidAtiva é uma ação do Governo do Estado de São Paulo, coordenado pela Secretaria Estadual de Esportes, que visa auxiliar o idoso de baixa renda e vulnerabilidade social ou que tenha prescrição médica indicando a prática de atividade física como medida preventiva ou curativa, no acesso à atividade física, desportiva e de lazer.

Trata-se de um cartão magnético vinculado ao pagamento de Academias e Clubes com atividades específicas e disponibilizado para idosos com um valor pré-pago de R$ 57 por mês para pagamento nos estabelecimentos citados.

O Governo de São Paulo, através da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude e do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, com essa iniciativa disponibiliza mais uma ferramenta para o cidadão com idade superior a 60 anos melhorar sua qualidade de vida.

 

Assuntos

Desenvolvimento | Gestão | Habitação | Infraestrutura | Secretaria da Habitação | Secretaria de Desenvolvimento Regional | Secretaria de Desenvolvimento Social