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Publicado em 31/10/2023

Programa Bom Prato realiza intercâmbio sobre segurança alimentar a convite do Maranhão

Encontro foi uma sugestão da ONU/FAO. Uma das visitas foi ao restaurante popular na comunidade quilombola, o primeiro do país.

Coordenadores e técnicos do programa Bom Prato, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, estiveram no estado Maranhão para um intercâmbio de projetos. O convite partiu do Governo Maranhense depois de uma interlocução da ONU/ FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. A troca de experiências entre os estados foi o ponto principal. A equipe paulista visitou restaurantes populares e cozinhas comunitárias nas cidades de São Luiz e Alcântara. Nesses locais, conheceram a primeira cozinha comunitária exclusiva para quilombolas do país, no Povoado Marudá, onde as refeições são ofertadas gratuitamente.

“O objetivo conjunto é aprimorar os nossos programas de combate à fome por meio da troca de informações, dados e boas práticas. O que todos nós buscamos é chegar à melhor equação para levar refeições de qualidade a quem realmente necessita, com eficiência e com o melhor custo-benefício”, destaca Frederico Rozanski, responsável pela Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS).

Na troca de experiências, o Governo de SP pôde contribuir com a expertise no combate ao desperdício, controle de qualidade, gestão e na modelagem do Bom Prato Móvel. E houve muito aprendizado também. Os maranhenses adotam tecnologia de controle facial para identificação de perfil das pessoas. Os restaurantes também são usados para atendimentos sociais, como orientação para programas de transferência de renda, orientação médica e nutricional, entre outros.

Juliana Theodora Oliveira, consultora da ONU/FAO, que intermediou esse intercâmbio, estuda há anos restaurantes populares e programas similares no Brasil e no mundo. Ela ressalta que é um privilégio ver esses dois gigantes brasileiros se encontrando. São Paulo e Maranhão são grandes exemplos para o país, garantindo diariamente o direito humano à alimentação adequada para os mais vulneráveis, resumiu.

Segundo a gestora de projetos do governo do Maranhão, Thaisa Dias, a troca de experiências com São Paulo possibilitou que vários conhecimentos fossem compartilhados, fortalecendo a capacidade dos estados de colocar em prática as políticas públicas com mais eficiência”, endossa.

Daniela Marin, diretora do Bom Prato, elogiou o trabalho comunitário que é feito nas unidades maranhenses “Os cursos de capacitação para geração de emprego e renda são pontos muito positivos. Temos esses cursos também em alguns restaurantes da rede Bom Prato, mas são eventuais e não a regra. A identidade visual é bastante informativa, uma experiência enriquecedora”, disse.

Sobre o Programa Bom Prato

Criado em 28 de dezembro de 2000, oferece refeições saudáveis e de alta qualidade a um custo acessível à população de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social. O custo do almoço ou jantar é de R$ 1,00 e o café da manhã R$ 0,50. Considerado um dos maiores programas de segurança alimentar da América Latina, subsidiado por um Governo do Estado, atualmente a rede de restaurantes populares conta com 107 unidades instaladas no estado, sendo 73 fixas e 34 móveis. São mais de 4 milhões de refeições por mês.

O Bom Prato Móvel é uma extensão das unidades fixas. As refeições são preparadas nos restaurantes do programa, e são embaladas em caixas hotbox para garantir a conservação e a temperatura do alimento. Caminhões tipo VUC com capacidade para 300/400 refeições levam as marmitas para as periferias das cidades. Para mais informações, acesse aqui.

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